Entrevista com Paula Fernandes no Festeja Recife 2012

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Logo após sua apresentação no Festeja Recife nesta madrugada, Paula Fernandes conversou com a equipe do G1 Pernambuco, que faz a cobertura completa do evento pelo portal. Num papo bem intimista, a repóter Luna Markman, a atriz Laryssa Dias, e a nossa mineira falaram de moda, música e conquistas. Confira abaixo:

Na sua interpretação de Coração Na Contramão, quantos anos você tinha ali?
Ali eu tinha de 9 pra 10 anos.

Você estava então, começando, ou não?
Eu comecei aos 8, mas ali, digamos que eu já fazia programas de TV, de rádio e falava igual gente grande já, era uma coisa. E eu fico observando assim, acho tão interessante como que parece um outro ser. Não parece que sou eu.

Você sabe que a Laryssa é sua fã né?
Isso é sensacional! Eu acho que agradar a mulher faz toda a diferença. Você sabe que as mulheres são muito mais exigentes. Então, um grande desafio meu era, justamente, alcançar o coração das mulheres.

É a primeira vez que você apresentou a turnê Meus Encantos aqui em Recife. Você estava muito à vontade, até descalça. Como é que foi, você gostou?
Ai! Tava bom, não tava? (risos) Eu tenho um carinho especial pelo público do Nordeste em geral. Sempre fui muito bem recebida aqui, e em outras turnês, como a do DVD Paula Fernandes Ao Vivo, eu cativei muita gente aqui e eles me cativaram também. Então, eu estva muito ansiosa pela oportunidade de trazer o trabalho novo do Meus Encantos, um CD que virou turnê, e que vai até meados de 2013, que possivelmente, deve virar um DVD. E eu me sinto em casa, porque eles são muito amáveis, são muitos calorosos, e eu sou apaixonada pelo povo do Nordeste, sem discussão nem comentários.

O que foi bacana, é que você desceu lá pra ter esse contato mesmo.
Pois é. Sempre que posso, eu dou um jeitinho de descer pra ficar mais pertinho dos fãs, e eu sempre recebo muito carinho, eles são muito afetivos. Muito obrigado pelo calor de vocês viu? Um super beijo aí pra galera!

Eu gostei muito daquela parte em que você canta com Taylor Swift. Como é que foi essa parceria?
Na verdade, era um sonho meu já há bastante tempo e ela recebeu meu convite com muito carinho. De cara já topou. Normalmente, a Talyor não é de aceitar convites assim do nada. E foi justamente gravar uma música que é muito amada por ela. Ela compôs essa canção e tem um carinho especial por ela. Fiz uma versão, que eu acho que é uma super ‘responsa’ fazer uma versão de uma música. Recentemente, nós nos encontramos num show no Rio, foi fantástico. É uma música que tá fazendo muito sucesso, minha parceria com a Taylor, um sonho realizado.

E vocês têm uma trajetória até parecida né?!
Bastante. A Taylor tem pouco menos anos de carreira do que eu, mas é uma mulher que vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo. Completei 20 anos de carreira, mas nós temos muitas coisas em comum, já que se trata de duas mulheres, que compõem, que cantam as próprias canções, que tem muita personalidade, que toca violão, que tem uma origem, ela lá é country e eu sou sertaneja, então certamente isso tudo influencia. Tem gente até que diz ‘Nossa, a Paula tá copiando a Taylor’, mas eu existo há 20 anos, a Taylor existe a pouco menos de 10 anos e é muito bacana ver que independente do país ou do hemisfério que estamos, é a canção, a arte que é importante, e isso nos une de alguma maneira.

Nesse CD novo, a gente também encontra outros encontros, como o Zé Ramalho.
Zé Ramalho foi fantástico fazer esse trabalho com ele também. Um cantor excepcional. A canção é nossa, é de nossa autoria, a melodia é dele e a letra é minha, e ele me deu o prazer de cantar no meu disco. Me trouxe esse brilho, mais esse encanto pros Meus Encantos.

A música Navegar em Mim é um grande sucesso do álbum Ao Vivo. O álbum completo foi um sucesso.
O álbum Ao Vivo, graças aos fãs do Brasil inteiro, já vendeu mais de 1.700.000 cópias. Mas eu acho que é um trabalho feito com muita dignidade, com muito carinho. Eu levanto a bandeira mesmo contra a pirataria. Eu acho que é uma questão de respeito com os artistas e digo isso pra todo mundo, e não é só o meu CD não, comprem todos os CDs originais de todos os artistas porque eu acho que é uma questão de dignidade e de respeito ao trabalho deles, porque dá muito trabalho gravar um disco. Não é nem questão de ser caro é trabalhoso. É o seu espírito, a sua alma, a sua energia ali, é como o seu trabalho. Você se doa e de repente alguém vai lá e compra um DVD pirata.

Como aconteceu esse trabalho de composição?
Nem sempre as minhas canções são autobiográficas. O processo de composição é totalmente intuitivo. Não há possibilidade de sentar e dizer ‘Hoje eu vou compor uma canção’, isso não acontece comigo. Tem que deixar a inspiração fluir, na hora que ela aparece tem que registrar, se não ela vai embora. Então, todas as canções têm partes sim sobre mim, mas aí eu não posso falar se não eu entrego né? (risos) Mas pode ser pra um amigo ou uma amiga.

Recentemente, você ganhou um diploma da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Você ficou super emocionada. Como é que foi isso?
Eu tô emocionada até hoje, porque eu tô com a medalha na bolsa. Fui homenageada também como musa e madrinha da Polícia Federal. Eu fui duplamente homenageada. Eu fui lá homenageá-los e acabei sendo homenageada também. Pra mim é um motivo de orgulho. Imagina, eu sou uma representante do povo, e gente que mora no interior que veio de família simples, de repente, virar madrinha da Polícia Federal. Pra mim é mais do que uma honra, também da Academia Brasileira de Arte, motivo de orgulho, de reconhecimento. Como que eu não tô? Minha mãe me ligou: “Ô minha filhote. Tô tão orgulhosa de você”. Ela tá vibrando com a filhote dela. É muito bom isso tudo que tá acontecendo.

Sobre o figurino do seu show: A gente tá acostumado com aquela sua primeira imagem, o uso do corselete, aquela cintura marcada. Mas hoje você abriu o show com um vestidão com as duas pernas assim pra fora. Lindo o vestido, vermelho, tava lindo.
Na verdade, criou-se uma coisa de que eu uso corselete. Eu sempre gostei muito de marcar a cintura, e mostrar as pernas e tal. Eu acho que isso dá um equilíbrio pra mim, de alguma forma, tem a ver com a minha música. E quando eu não tinha dinheiro pro corselete, eu comprava um cintinho, e colocava um cintinho pra marcar.

Mas é você Paula, quem escolhe?
Na verdade, eu tenho uma estilista, que é a Patrícia Nascimento, que confecciona os looks, tanto dos shows como pra grandes eventos, ela faz roupas estruturadas, no meu modelo. Eu gosto muito de me vestir do meu jeito. Na verdade, eu sei que às vezes até incomodo um pouco, mas a moda ela vai até certo ponto ali pra você se direcionar, mas é importante você sair feliz de casa. Não tá mais usando boca de sino, mas eu quero usar. Eu sempre fui de personalidade forte pra vestir, inclusive quando eu era pequena, eu me lembro que eu pedia pra minha mãe fazer as roupas pra mim. Eu tinha uns 9 anos mais ou menos. Ela costurava, fazia aquelas roupas de franja, e eu usava aqueles chapéus enormes, botas que às vezes eram maiores do que eu, mas sempre do meu jeito. Gosto do meu jeito de vestir e estou feliz assim.


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